sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
DEZEMBRO.......
Em dezembro é natal...e o meu presente é lhe perder...Perder ou ganhar?Não sei dizer talvez eu nunca tenha tido...você, você e você....e outro e todos eles e vós....Vai.........então vai!!!!
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
QUANTO VALE OU É POR QUILO?
Resenha
Crítica Sobre O Filme Quanto Vale Ou É Por Quilo?
RESENHA
CRÍTICA SOBRE O FILME QUANTO VALE OU É POR QUILO?
O filme denuncia a relação da época da escravidão com os dias de hoje e o jogo de interesse que pode haver e, há, nas instituições beneficentes, ONGs e etc.
Uma frase interessante a se destacar nas primeiras cenas é a de uma alforriada e um branco, donos de escravos, onde este rouba um escravo dela e, ela, ao ir atrás da recuperação de seu escravo, aos berros, diz “a minha violência está nos meus direitos”, mas em vão, pois além de não recuperá-lo, vai presa por desordem.
O filme retrata várias cenas retiradas do Arquivo Nacional e também de um conto de Machado de Assis, ‘Pai contra Mãe’, sobre a época da escravidão, de como os negros eram tratados como produtos e de como estes produtos rendiam lucros.
Duas histórias se entrelaçam mostrando que pouca coisa mudou daquela época pra cá, no sentido dessa exploração do ser humano, em principal das populações pobres e negras.
Há outro momento interessante no filme que relata os empreendimentos de empresas nas relações sociais, destaco a frase ‘Quem financia a solidariedade está preocupado com o retorno’, dita pelo personagem Marco Aurélio Silveira. Ligo esta frase ao caso das amigas Maria Antonia e Lucrecia que tiveram uma amizade lucrativa, Maria tendo se beneficiado com o investimento de solidariedade com a amiga e Lucrecia tendo conseguido sua tão sonhada liberdade.
‘Ajudar a quem precisa é movimentar a economia do país’. Há milhares de instituições do terceiro setor no Brasil e, muitas delas, são simplesmente para a ascensão dos interesses e do enriquecimento desonesto, impróprio. O filme diz que são investidos 100 milhões de dólares ao ano para entidades apenas referentes ao cuidado de crianças abandonadas - que passam de 10 mil -, isto é, para cada criança, poderiam ser investidos, diretamente, 10 mil dólares. Não podemos, como na política também, dizer que todas instituições se encaixam nesse quadro de corrupção, mas há a súbita necessidade de...
O filme denuncia a relação da época da escravidão com os dias de hoje e o jogo de interesse que pode haver e, há, nas instituições beneficentes, ONGs e etc.
Uma frase interessante a se destacar nas primeiras cenas é a de uma alforriada e um branco, donos de escravos, onde este rouba um escravo dela e, ela, ao ir atrás da recuperação de seu escravo, aos berros, diz “a minha violência está nos meus direitos”, mas em vão, pois além de não recuperá-lo, vai presa por desordem.
O filme retrata várias cenas retiradas do Arquivo Nacional e também de um conto de Machado de Assis, ‘Pai contra Mãe’, sobre a época da escravidão, de como os negros eram tratados como produtos e de como estes produtos rendiam lucros.
Duas histórias se entrelaçam mostrando que pouca coisa mudou daquela época pra cá, no sentido dessa exploração do ser humano, em principal das populações pobres e negras.
Há outro momento interessante no filme que relata os empreendimentos de empresas nas relações sociais, destaco a frase ‘Quem financia a solidariedade está preocupado com o retorno’, dita pelo personagem Marco Aurélio Silveira. Ligo esta frase ao caso das amigas Maria Antonia e Lucrecia que tiveram uma amizade lucrativa, Maria tendo se beneficiado com o investimento de solidariedade com a amiga e Lucrecia tendo conseguido sua tão sonhada liberdade.
‘Ajudar a quem precisa é movimentar a economia do país’. Há milhares de instituições do terceiro setor no Brasil e, muitas delas, são simplesmente para a ascensão dos interesses e do enriquecimento desonesto, impróprio. O filme diz que são investidos 100 milhões de dólares ao ano para entidades apenas referentes ao cuidado de crianças abandonadas - que passam de 10 mil -, isto é, para cada criança, poderiam ser investidos, diretamente, 10 mil dólares. Não podemos, como na política também, dizer que todas instituições se encaixam nesse quadro de corrupção, mas há a súbita necessidade de...
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
UMA PERCEPÇÃO AMIGA...

Era uma vez um Canceriano meio Leonino perdido em seu mapa astral chamado Snake. Snake era irritante e irritável mas mesmo assim seu magnetismo, sarcasmo, inteligência e astucia, atraiam muito seguidores, que hora o amavam e hora o odiavam.
O seu cú brilhava, sua maior virtude era ajudar pra que outros brilhassem também. Seu poder de organização e seu jeito guerreiro inspirava muitos outros seres do plano astral e terrestre. Snake era peça fundamental para o grupo Funâmbulos pois o grupo de artistas perdidos e criativos precisava de uma titia firme no comando, Snake a titia lenda não media esforços para deixar tudo perfeito e conseguir colocar seus companheiros de arte na linha. Muitos amigos agradeceram pela sua grande força dando pra ele uma festa. Snake estava feliz, mas irritado com sua ociosidade, pois ele gosta de produzir coisas fantásticas, como por exemplo fazer sonhos virarem realidade!
Eu amo o Snake e sinto muito a sua falta, mas sinto sua energia forte daqui!
Bj
(Fabi Medeiros Bat haMelech - 01/08/2009)
quarta-feira, 3 de outubro de 2012
"Negrinha" de Monteiro Lobato vídeo "Teste de Bonecas"
COM BASE NO TEXTO "Negrinha de Monteiro Lobato" ONDE REALIZAMOS UMA BREVE ANALISE E DEBATE...E VÍDEO ASSISTIDO "Teste de Bonecas"
-PENSO QUE TEXTO DISPÕE DE VÁRIOS COMENTÁRIOS E OBSERVAÇÕES PRECONCEITUOSAS, DE CUNHO VEXATIVO E DISCRIMINATÓRIO PARA COM O OUTRO.
-O TEXTO,PARA SUA ÉPOCA TEM UM PONTO DE VISTA E UM POSICIONAMENTO DIANTE DA REALIDADE SOCIAL VIVIDA NAQUELE CONTEXTO, PORTANTO ACEITÁVEL DIANTE DA CULTURA QUE SE VIVENCIAVA.
"ISSO ME FAZ QUESTIONAR:"
Conhecemos Monteiro Lobato, não por suas obras mas suas ideias no âmbito pessoal?
Sabemos realmente se ele era escravagista ou racista,ou ele aborda o tema desta forma, com o proposito de causar um pensamento e uma inquietação diate do assunto, evidenciando a questão?
Como era um costume social vivido e praticado na época, o artista teria esta noção de diferença, no que abordara?
-QUANTO AO VÍDEO TESTE DE BONECAS:
De fato é chocante, mas a razão demostra claramente que isso ocorre por sermos um produto do meio, onde a falta de referencia no contexto sociológico-étnico e de identidade não permite que a criança se limite a pensar desta forma, fator de reprodução do meio social em que se esta inserido.
http://www.youtube.com/watch?v=CrKyISFnwgE
Ricardo Camilo dos Reis
Negrinha
Monteiro Lobato
Negrinha era uma pobre órfã de sete anos. Preta? Não; fusca, mulatinha escura, de cabelos ruços e olhos assustados.
Nascera na senzala, de mãe escrava, e seus primeiros anos vivera-os pelos cantos escuros da cozinha, sobre velha esteira e trapos imundos. Sempre escondida, que a patroa não gostava de crianças.
Excelente senhora, a patroa. Gorda, rica, dona do mundo, amimada dos padres, com lugar certo na igreja e camarote de luxo reservado no céu. Entaladas as banhas no trono (uma cadeira de balanço na sala de jantar), ali bordava, recebia as amigas e o vigário, dando audiências, discutindo o tempo. Uma virtuosa senhora em suma — “dama de grandes virtudes apostólicas, esteio da religião e da moral”, dizia o reverendo.
Ótima, a dona Inácia.
Mas não admitia choro de criança. Ai! Punha-lhe os nervos em carne viva. Viúva sem filhos, não a calejara o choro da carne de sua carne, e por isso não suportava o choro da carne alheia. Assim, mal vagia, longe, na cozinha, a triste criança, gritava logo nervosa:
— Quem é a peste que está chorando aí?
Quem havia de ser? A pia de lavar pratos? O pilão? O forno? A mãe da criminosa abafava a boquinha da filha e afastava-se com ela para os fundos do quintal, torcendo-lhe em caminho beliscões de desespero.
— Cale a boca, diabo!
No entanto, aquele choro nunca vinha sem razão. Fome quase sempre, ou frio, desses que entanguem pés e mãos e fazem-nos doer...
Assim cresceu Negrinha — magra, atrofiada, com os olhos eternamente assustados. Órfã aos quatro anos, por ali ficou feito gato sem dono, levada a pontapés. Não compreendia a idéia dos grandes. Batiam-lhe sempre, por ação ou omissão. A mesma coisa, o mesmo ato, a mesma palavra provocava ora risadas, ora castigos. Aprendeu a andar, mas quase não andava. Com pretextos de que às soltas reinaria no quintal, estragando as plantas, a boa senhora punha-a na sala, ao pé de si, num desvão da porta.
— Sentadinha aí, e bico, hein?
Negrinha imobilizava-se no canto, horas e horas.
— Braços cruzados, já, diabo!
Cruzava os bracinhos a tremer, sempre com o susto nos olhos. E o tempo corria. E o relógio batia uma, duas, três, quatro, cinco horas — um cuco tão engraçadinho! Era seu divertimento vê-lo abrir a janela e cantar as horas com a bocarra vermelha, arrufando as asas. Sorria-se então por dentro, feliz um instante.
Puseram-na depois a fazer crochê, e as horas se lhe iam a espichar trancinhas sem fim.
Que idéia faria de si essa criança que nunca ouvira uma palavra de carinho? Pestinha, diabo, coruja, barata descascada, bruxa, pata-choca, pinto gorado, mosca-morta, sujeira, bisca, trapo, cachorrinha, coisa-ruim, lixo — não tinha conta o número de apelidos com que a mimoseavam. Tempo houve em que foi a bubônica. A epidemia andava na berra, como a grande novidade, e Negrinha viu-se logo apelidada assim — por sinal que achou linda a palavra. Perceberam-no e suprimiram-na da lista. Estava escrito que não teria um gostinho só na vida — nem esse de personalizar a peste...
O corpo de Negrinha era tatuado de sinais, cicatrizes, vergões. Batiam nele os da casa todos os dias, houvesse ou não houvesse motivo. Sua pobre carne exercia para os cascudos, cocres e beliscões a mesma atração que o ímã exerce para o aço. Mãos em cujos nós de dedos comichasse um cocre, era mão que se descarregaria dos fluidos em sua cabeça. De passagem. Coisa de rir e ver a careta...
A excelente dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças. Vinha da escravidão, fora senhora de escravos — e daquelas ferozes, amigas de ouvir cantar o bolo e estalar o bacalhau. Nunca se afizera ao regime novo — essa indecência de negro igual a branco e qualquer coisinha: a polícia! “Qualquer coisinha”: uma mucama assada ao forno porque se engraçou dela o senhor; uma novena de relho porque disse: “Como é ruim, a sinhá!”...
O 13 de Maio tirou-lhe das mãos o azorrague, mas não lhe tirou da alma a gana. Conservava Negrinha em casa como remédio para os frenesis. Inocente derivativo:
— Ai! Como alivia a gente uma boa roda de cocres bem fincados!...
Tinha de contentar-se com isso, judiaria miúda, os níqueis da crueldade. Cocres: mão fechada com raiva e nós de dedos que cantam no coco do paciente. Puxões de orelha: o torcido, de despegar a concha (bom! bom! bom! gostoso de dar) e o a duas mãos, o sacudido. A gama inteira dos beliscões: do miudinho, com a ponta da unha, à torcida do umbigo, equivalente ao puxão de orelha. A esfregadela: roda de tapas, cascudos, pontapés e safanões a uma — divertidíssimo! A vara de marmelo, flexível, cortante: para “doer fino” nada melhor!
Era pouco, mas antes isso do que nada. Lá de quando em quando vinha um castigo maior para desobstruir o fígado e matar as saudades do bom tempo. Foi assim com aquela história do ovo quente.
Não sabem! Ora! Uma criada nova furtara do prato de Negrinha — coisa de rir — um pedacinho de carne que ela vinha guardando para o fim. A criança não sofreou a revolta — atirou-lhe um dos nomes com que a mimoseavam todos os dias.
— “Peste?” Espere aí! Você vai ver quem é peste — e foi contar o caso à patroa.
Dona Inácia estava azeda, necessitadíssima de derivativos. Sua cara iluminou-se.
— Eu curo ela! — disse, e desentalando do trono as banhas foi para a cozinha, qual perua choca, a rufar as saias.
— Traga um ovo.
Veio o ovo. Dona Inácia mesmo pô-lo na água a ferver; e de mãos à cinta, gozando-se na prelibação da tortura, ficou de pé uns minutos, à espera. Seus olhos contentes envolviam a mísera criança que, encolhidinha a um canto, aguardava trêmula alguma coisa de nunca visto. Quando o ovo chegou a ponto, a boa senhora chamou:
— Venha cá!
Negrinha aproximou-se.
— Abra a boca!
Negrinha abriu aboca, como o cuco, e fechou os olhos. A patroa, então, com uma colher, tirou da água “pulando” o ovo e zás! na boca da pequena. E antes que o urro de dor saísse, suas mãos amordaçaram-na até que o ovo arrefecesse. Negrinha urrou surdamente, pelo nariz. Esperneou. Mas só. Nem os vizinhos chegaram a perceber aquilo. Depois:
— Diga nomes feios aos mais velhos outra vez, ouviu, peste?
E a virtuosa dama voltou contente da vida para o trono, a fim de receber o vigário que chegava.
— Ah, monsenhor! Não se pode ser boa nesta vida... Estou criando aquela pobre órfã, filha da Cesária — mas que trabalheira me dá!
— A caridade é a mais bela das virtudes cristas, minha senhora —murmurou o padre.
— Sim, mas cansa...
— Quem dá aos pobres empresta a Deus.
A boa senhora suspirou resignadamente.
— Inda é o que vale...
Certo dezembro vieram passar as férias com Santa Inácia duas sobrinhas suas, pequenotas, lindas meninas louras, ricas, nascidas e criadas em ninho de plumas.
Do seu canto na sala do trono, Negrinha viu-as irromperem pela casa como dois anjos do céu — alegres, pulando e rindo com a vivacidade de cachorrinhos novos. Negrinha olhou imediatamente para a senhora, certa de vê-la armada para desferir contra os anjos invasores o raio dum castigo tremendo.
Mas abriu a boca: a sinhá ria-se também... Quê? Pois não era crime brincar? Estaria tudo mudado — e findo o seu inferno — e aberto o céu? No enlevo da doce ilusão, Negrinha levantou-se e veio para a festa infantil, fascinada pela alegria dos anjos.
Mas a dura lição da desigualdade humana lhe chicoteou a alma. Beliscão no umbigo, e nos ouvidos, o som cruel de todos os dias: “Já para o seu lugar, pestinha! Não se enxerga”?
Com lágrimas dolorosas, menos de dor física que de angústia moral —sofrimento novo que se vinha acrescer aos já conhecidos — a triste criança encorujou-se no cantinho de sempre.
— Quem é, titia? — perguntou uma das meninas, curiosa.
— Quem há de ser? — disse a tia, num suspiro de vítima. — Uma caridade minha. Não me corrijo, vivo criando essas pobres de Deus... Uma órfã. Mas brinquem, filhinhas, a casa é grande, brinquem por aí afora.
— Brinquem! Brincar! Como seria bom brincar! — refletiu com suas lágrimas, no canto, a dolorosa martirzinha, que até ali só brincara em imaginação com o cuco.
Chegaram as malas e logo:
— Meus brinquedos! — reclamaram as duas meninas.
Uma criada abriu-as e tirou os brinquedos.
Que maravilha! Um cavalo de pau!... Negrinha arregalava os olhos. Nunca imaginara coisa assim tão galante. Um cavalinho! E mais... Que é aquilo? Uma criancinha de cabelos amarelos... que falava “mamã”... que dormia...
Era de êxtase o olhar de Negrinha. Nunca vira uma boneca e nem sequer sabia o nome desse brinquedo. Mas compreendeu que era uma criança artificial.
— É feita?... — perguntou, extasiada.
E dominada pelo enlevo, num momento em que a senhora saiu da sala a providenciar sobre a arrumação das meninas, Negrinha esqueceu o beliscão,o ovo quente, tudo, e aproximou-se da criatura de louça. Olhou-a com assombrado encanto, sem jeito, sem ânimo de pegá-la.
As meninas admiraram-se daquilo.
— Nunca viu boneca?
— Boneca? — repetiu Negrinha. — Chama-se Boneca?
Riram-se as fidalgas de tanta ingenuidade.
— Como é boba! — disseram. — E você como se chama?
— Negrinha.
As meninas novamente torceram-se de riso; mas vendo que o êxtase da bobinha perdurava, disseram, apresentando-lhe a boneca:
— Pegue!
Negrinha olhou para os lados, ressabiada, como coração aos pinotes. Que ventura, santo Deus! Seria possível? Depois pegou a boneca. E muito sem jeito, como quem pega o Senhor menino, sorria para ela e para as meninas, com assustados relanços de olhos para a porta. Fora de si, literalmente... era como se penetrara no céu e os anjos a rodeassem, e um filhinho de anjo lhe tivesse vindo adormecer ao colo. Tamanho foi o seu enlevo que não viu chegar a patroa, já de volta. Dona Inácia entreparou, feroz, e esteve uns instantes assim, apreciando a cena.
Mas era tal a alegria das hóspedes ante a surpresa extática de Negrinha, e tão grande a força irradiante da felicidade desta, que o seu duro coração afinal bambeou. E pela primeira vez na vida foi mulher. Apiedou-se.
Ao percebê-la na sala Negrinha havia tremido, passando-lhe num relance pela cabeça a imagem do ovo quente e hipóteses de castigos ainda piores. E incoercíveis lágrimas de pavor assomaram-lhe aos olhos.
Falhou tudo isso, porém. O que sobreveio foi a coisa mais inesperada do mundo — estas palavras, as primeiras que ela ouviu, doces, na vida:
— Vão todas brincar no jardim, e vá você também, mas veja lá, hein?
Negrinha ergueu os olhos para a patroa, olhos ainda de susto e terror. Mas não viu mais a fera antiga. Compreendeu vagamente e sorriu.
Se alguma vez a gratidão sorriu na vida, foi naquela surrada carinha...
Varia a pele, a condição, mas a alma da criança é a mesma — na princesinha e na mendiga. E para ambos é a boneca o supremo enlevo. Dá a natureza dois momentos divinos à vida da mulher: o momento da boneca — preparatório —, e o momento dos filhos — definitivo. Depois disso, está extinta a mulher.
Negrinha, coisa humana, percebeu nesse dia da boneca que tinha uma alma. Divina eclosão! Surpresa maravilhosa do mundo que trazia em si e que desabrochava, afinal, como fulgurante flor de luz. Sentiu-se elevada à altura de ente humano. Cessara de ser coisa — e doravante ser-lhe-ia impossível viver a vida de coisa. Se não era coisa! Se sentia! Se vibrava!
Assim foi — e essa consciência a matou.
Terminadas as férias, partiram as meninas levando consigo a boneca, e a casa voltou ao ramerrão habitual. Só não voltou a si Negrinha. Sentia-se outra, inteiramente transformada.
Dona Inácia, pensativa, já a não atazanava tanto, e na cozinha uma criada nova, boa de coração, amenizava-lhe a vida.
Negrinha, não obstante, caíra numa tristeza infinita. Mal comia e perdera a expressão de susto que tinha nos olhos. Trazia-os agora nostálgicos, cismarentos.
Aquele dezembro de férias, luminosa rajada de céu trevas adentro do seu doloroso inferno, envenenara-a.
Brincara ao sol, no jardim. Brincara!... Acalentara, dias seguidos, a linda boneca loura, tão boa, tão quieta, a dizer mamã, a cerrar os olhos para dormir. Vivera realizando sonhos da imaginação. Desabrochara-se de alma.
Morreu na esteirinha rota, abandonada de todos, como um gato sem dono. Jamais, entretanto, ninguém morreu com maior beleza. O delírio rodeou-a de bonecas, todas louras, de olhos azuis. E de anjos... E bonecas e anjos remoinhavam-lhe em torno, numa farândola do céu. Sentia-se agarrada por aquelas mãozinhas de louça — abraçada, rodopiada.
Veio a tontura; uma névoa envolveu tudo. E tudo regirou em seguida, confusamente, num disco. Ressoaram vozes apagadas, longe, e pela última vez o cuco lhe apareceu de boca aberta.
Mas, imóvel, sem rufar as asas.
Foi-se apagando. O vermelho da goela desmaiou...
E tudo se esvaiu em trevas.
Depois, vala comum. A terra papou com indiferença aquela carnezinha de terceira — uma miséria, trinta quilos mal pesados...
E de Negrinha ficaram no mundo apenas duas impressões. Uma cômica, na memória das meninas ricas.
— “Lembras-te daquela bobinha da titia, que nunca vira boneca?”
Outra de saudade, no nó dos dedos de dona Inácia.
— “Como era boa para um cocre!...”
Monteiro Lobato, natural de Taubaté (SP), nasceu em 18/04/1882. É uma das figuras excepcionais das letras brasileiras. Jornalista, contista, criador de deliciosas histórias para crianças, suscitador de problemas, ensaísta e homem de ação, encheu com seu nome um largo período da vida nacional. Com a publicação do livro de contos "Urupês", em julho de 1918, quando já contava com 36 anos de idade, chama para o seu talento de escritor a atenção de todo o país. Cita-o Ruy Barbosa, em discurso, encontrando no seu Jeca Tatu um símbolo da realidade rural brasileira. Lança-se à indústria editorial, publica livros e mais livros — "Onda Verde", "Idéias de Jeca Tatu", "Cidades Mortas", "Negrinha", "Fábulas", "O Choque", etc. Fracassa como editor, ao lançar a firma Monteiro Lobato & Cia., mas volta com a Companhia Editora Nacional, ao lado de Octales Marcondes, e triunfa. Tenta a exploração de petróleo, e acaba na cadeia, perseguido pela ditadura de Getúlio Vargas. Não só escreve, como traduz sem pausa, dezenas e dezenas de livros, especialmente de Kipling. Uma vida cheia. E uma grande obra, que lhe preservará o nome glorioso. Foi um grande homem, um grande brasileiro e um dos maiores escritores — em todo o mundo — de histórias para crianças. Basta dizer que, no período de 1925 a 1950 foram vendidos aproximadamente um milhão e quinhentos mil exemplares de seus livros.
Era, de fato, um ser plural: escritor precursor do realismo fantástico, escritor de cartas, escritor de obras infantis, ensaísta, crítico de arte e literatura, pintor, jornalista, empresário, fazendeiro, advogado, sociólogo, tradutor, diplomata, etc. Faleceu na cidade de São Paulo (SP), no dia 04 de julho de 1948.
O texto acima foi publicado originalmente em livro do mesmo nome, tendo sido selecionado por Ítalo Moriconi e consta de "Os cem melhores contos brasileiros do século", editora Objetiva — Rio de Janeiro, 2000, pág. 78.
sábado, 29 de setembro de 2012
“O Povo Brasileiro” baseado na obra do sociólogo e antropólogo Darcy Ribeiro.
“O Povo Brasileiro” de Isa Grinspum Ferraz
O antropólogo Darcy Ribeiro (1913-1997) foi um dos
maiores intelectuais brasileiros do século XX.
O Povo Brasileiro, em que o autor responde à questão "quem são os
brasileiros?", investigando a formação do nosso povo. Conta com a
participação de Chico Buarque, Tom Zé, Antônio Cândido, Aziz Ab´Saber, Paulo
Vanzolini, Gilberto Gil, Hermano Vianna, entre outras personalidades.
PRIMEIRO
CAPITULO: MATRIZ INDÍGENA.
Ele questiona como seria o mundo em cinquenta anos, como
gostaríamos que fosse e como ou o que faríamos pra viver melhor. O curso
indígena e seus costumes, o legado e vestígios do que ficou pra gente, na
culinária, comportamento, escrita e modo de viver. O contato com os homens
brancos e suas crenças a prova, juntamente com seus costumes. Tradições estas questionadas pelos homens
brancos, acreditar nas pratica, na palavra, e de que o todo era de todos, da
não posse. Para o índio tudo tem ritual, é cantado e festejado, é feito de
forma alegre, comunitária, e participativa.
SEGUNDO
CAPITULO: MATRIZ LUSA.
Inspirado nos árabes, judeus que contribuíram para estas
técnicas, assim desenvolveram suas tecnologias navais e de exploração os
portugueses resolvem se aventurar no mar, dotados de precocidade e ousadia. Sendo
os Portugueses a colônia de lusitanos, galeses e célticos e após 8 a.C. gregos
, Cartagineses e Romanos.Herdaram da cultura latina e grega a língua e a
escrita, onde ficaram no centro dos embates entre Nomos e Castelanos por isso
sua língua tão peculiar. Do sagrado ao econômico; Poe se a navegação, a fim de
ultrapassar o cabo da boa esperança em conquista de novas terras escravizando e
estabelecendo infraestrutura, até Ásia e Índia. As caravelas repletas de
portugueses, e uma variação étnica de povos, culturas, fauna e flora.
SEGUNDO
CAPITULO: MATRIZ AFRICANA.
África lugar onde a espécie humana nasceu em sua maioria,
vindos de Angola, Congo, Daomé e Nigéria. A maior formação dos brasileiros, sua
presença fez quase tudo que aqui se fez. Costa do Ocidente, Ciclo da Guiné,
Bantús povo vindo da costa de Angola e Congo trazendo com eles suas tradições
cerâmicas, o lidar com a agricultura, metalurgia, religiosidade, misticismo banto, sagrado no todo que se faz e existência
de dois mundos este e o após.Nos Caipes, a moeda e as transações, europeus e
africanos já sabidos sobre o que era a escravidão. Eram duas divisões básicas e
Angola e Congo, e o Povo Maui, Geges,Manos ( terras ou tribos de Oyó,Ketú e Irê) e Ouças sendo estes muito parecidos e
com costumes árabes sabiam ler escrever além da cultura mais avançada.
Síntese
Os referidos documentários demonstram de forma clara, não
tão simples, mas de forma inteligente que o povo brasileiro é, foi e sempre
será antropologicamente grata a África por ser um povo multi étnico. Na
contramão desta afirmação do ant, não é possível ainda compactuar com a
ignorância de todos nós diante de tanta riqueza histórica, misturas de culturas
e formas, que se fez e moldou nosso povo.
O documentário tem uma importância além de histórica
reparadora, é um chamamento para a percepção de todos nós no que, se dizem
raízes ou qual seria a verdadeira origem do nosso povo.
As nossas belezas, origens, costumes, crenças, arquitetura,
pensamento, peculiaridades etc... Desde as línguas regionais até tudo que somos
hoje contemporaneamente.
Como se deu as diferenças e cotrates sociais de uma
civilização marcada por uma serie de povos, que de alguma forma galgou a nossa
brasilidade.
Como nos sentirmos inferiores ainda nos tempos de hoje?
Não sabemos o quanto somos primorosos e ricos em cultura
e diversidades, diferente de outros povos que tem esta noção e nos observa de
longe.
Como realizar uma mudança no pensamento do futuro através
da educação, e orgulhar se de tudo isso, fazendo um refletir acontecer e
florescer em nós?
Muita observação e aços seriam imprescindíveis de forma
democrática, em reparar os nos pensamentos e ações.
“Para Darcy Ribeiro: Os Brasileiros operam no quadro
social, mas como integrantes das camadas pobres, mobilizáveis todas por iguais
aspirações de progresso econômico e social [...]. Acresce, ainda, que [...]
mais do que preconceitos de raça ou de cor, têm os brasileiros arraigado
preconceito de classe”.
ANALISE DO LIVRO: LUIZ GAMA – O Libertador de escravos e sua mãe libertaria Luiza Mahin.
É POSSÍVEL PERCEBER QUE A HISTORIA É ESCRITA PELOS COVARDES, POLÍTICOS E POR AQUELES QUAIS, MANTÉM INTERESSES E PODER. O MANIPULAR A
HISTORIOGRAFIA DE UM POVO, FICA EVIDENTE NA OBRA DE LUIZ GAMA.
COM ISSO PERCEBE SE QUE, HISTORIAS DE POVOS, SUAS CONQUISTAS,
É REALIZADA POR PERSONAGENS PROTAGONISTAS E SEUS COADJUVANTES, O OPRIMIDO, MAS NÃO
É ESCRITA POR ESTES.
E SIM SEUS OPRESSORES E QUE MANTÉM INTERESSES SOBRE ELA, PERCEBER ISSO SEM UMA
INVESTIGAÇÃO E UM DISTANCIAMENTO DO SENSO COMUM, PODE SER DIFICULTOSO, VISTA
QUE AQUELES QUE QUEREM ESCONDER A HISTORIA REAL TÊM INTERESSES PESSOAIS.
UMA LINDA HISTORIA DE LUTA CONTRA ALGO QUE O AFETAVA
DIRETAMENTE, EM UM CONTEXTO HISTÓRICO, QUE FARIA QUALQUER OUTRO HOMEM DESISTIR,
UMA BRAVA LUTA NA BUSCA DA VERDADE E DIGNIDADE DO
CIDADÃO PERTENCENTE A ESTA TERRA, FAZENDO SUA PARTE PELA IGUALDADE NUMA TERRA
USURPADA, SUCATEADA E INVADIDA, SENDO O PALCO DE UMA DRAMATURGIA SUJA E TRISTE PARA COM UM POVO MANIPULADO EM UM SISTEMA HISTÓRICO DE SEGREGAÇÃO E DIFERENÇAS SOCIAIS.
MOUZAR BENEDITO COLOCA A HISTORIA EM SEU DEVIDO LUGAR DE FORMA
PRIMOROSA, E DEMOSTRA NESTA PEQUENA OBRA “LUIZ GAMA – O LIBERTADOR DE ESCRAVOS
E SUA MÃE LIBERTARIA LUIZA MAHIN” OS ESQUECIDOS QUE A HISTORIA ESCONDEM OU NÃO
SE FALA. UM OLHAR PECULIAR UTILIZANDO COM MUITA INTELIGENCIA E ASTUCIA SOBRE
AS MAZELAS DO SEU POVO, FAZENDO COM QUE SUA LUTA MUITAS VEZES SOBRE REPRESSÃO E
BOICOTE FOSSE VALIDA PARA AQUELES E PRECISAVAM DE UM REPRESENTANTE, ALGUÉM QUE FALACE,
DEFENDERA SEUS IDEAIS DE LIBERDADE, EM SER UM CIDADÃO DA REPUBLICA FEDERATIVA
DO BRASIL, QUE SE CONFUNDE QUANDO TENTA DEMOSTRAR SUA INDENIDADE FAZENDO ASSIM
O DESCONHECIMENTO E FALTA DE MEMORIA REFERENTE À SUA PRÓPRIA HISTORIA.
PERCEBO QUE MINHA FUNÇÃO COMO EDUCADOR E RECONSTRUIR A HISTORIA
EVIDENCIANDO, OS VERDADEIROS GUERREIROS E LUTADORES DE CAUSAS PERTINENTES, POIS
SOMENTE ASSIM PODEMOS ORGANIZAR A HISTORIA COMO ELA DEVERIA ESTAR ISSO É UMA
REPARAÇÃO CONTINUA ONDE O SISTEMA QUE HOJE SE ENCONTRA INSTALADO DE BUROCRATAS SENTADOS
EM SUAS COMODAS SITUAÇÕES DE INTERESSES CAPITAIS, ONDE REPARA A HISTORIA PODE
TRAZER A TONA UM VERDADE NÃO TÃO SABOROSA E ADOCICADA QUE A MÍDIA O CAPITAL DE
CONSUMO E A POLITICA PREFERE REPRODUZIR, COM UM INTUITO CLARO DE INTERESSE DE
POUCOS.
PENSO AINDA, QUANTOS
OUTROS O SISTEMA TENTA ABAFAR E COLOCA LOS A MARGEM DAS VERDADEIRAS LUTAS QUE
TRAVARAM, EM TORNO DE UMA REPUBLICA MAIS DIGNA E IGUALITÁRIA PARA SE VIVER?
FAZER O OUTRO PERCEBER SUA HISTORIA RECONHECENDO SEUS VERDADEIROS HERÓIS E CONTRIBUIR PARA UM PENSAMENTO LIVRE, ONDE CADA UM POSSA ANALISAR SABENDO
A VERDADE E SEUS DIFERENTES LADOS, PROPORCIONANDO UM PERCEBER SOBRE SI E O
OUTRO HISTORICAMENTE, ONDE REFLETIR FARA QUE ESTE SE COMPROMETA COM O BRASIL ONDE
A SUA VERDADE DEVE E PRECISA SER REESCRITA, REORGANIZADA QUANTO AO SEU HISTÓRICO E SUAS IDEIAS DE NAÇÃO COM IGUALDADES RACIAIS, O QUE É UMA INVERDADE,
SENDO PRECISO FAZER MUITAS REPARAÇÕES DIATE DE TODO O MAL CAUSANDO AO LONGO DA HISTORIA.
Ricardo Camilo dos Reis - Graduando em Filosofia
pela UMESP – Universidade Metodista de São Paulo.
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
ENSAIO SOBRE O AMOR Ἔρως;"
A racionalidade é uma oposição direta ao afetivo e sentimental na filosofia, qual a verdade do ser, a filosofia tem que dizer o que o ser é.
Sócrates Desenvolve uma dialética sobre
“Eros”, e o que seria o amor.
Nas discussões que se seguem, entre Sócrates, e sua dialética para com o
sofista Fédon e os outros convidados, ele se utiliza da retórica com o fim, de
desenvolver um discurso a conduzir Fédon à razão, mas com um propósito claro; A
verdade do ser. Verdade esta, que lhe foi ensinada pela sacerdotisa Diotima de
Martinéia.
Eros é algo entre o mortal e imortal, ou seja, Daimom, filho de Poros e
Penia, características delicadas, belo astuto, um “dês causo” ele não é por
natureza, nem mortal, nem imortal, no mesmo dia floresce e vive e morre. Eros =
Daimom = filosofo = amante.
O amante do belo, feliz, ou seja, a eudaimonia.
O bom e o belo esta para além do caráter moral, tudo é feito, fabricado “poiesis”,
mito quem fabrica “poiétes” fazedor.
Onde ocorre a geração em beleza, amante, belo, bom e imortal por fim,
feliz. Alma X corpo (homem) imortal X mortal, O homem que gera o mito, a
natureza, analogias e a filosofia o Ascer Erótica.
Clarice
expõe num dialogo forte e por vezes acido a dor da existência humana,
questionando se sobre o que é a vida e o amor por ela ou a falta deste... Ela
consegue nos causar náusea e repulsa ao mesmo tempo que uma delicada e profunda
reflexão do ser.
O amor ou "Eros"
do ser se mostra através de sua poesia em prosa, um amor pela
capacidade de percepção do todo.
Enquanto Camões,
específica, ou tenta colocar o amor como algo tangível empírico e em alguns
momentos transcendental, confundindo-nos em suas comparações poéticas, de forma
a nos fazer pensar que o amor é algo que se assemelha a uma doença ou estigma,
de prazer e desventuras, causas dos sofrimentos e das alegrias humanas, uma
razão para o ser feliz.
É quase que
uma doença, mas ao mesmo tempo a cura para tudo, pois quando se ama se sente o
mais profundo dos sentimentos seja este por algo ou alguém, e fica muito claro
na poesia de Camões,assim como para a abordagem sobre o Banzo, que é um amor e
uma tristeza tão profunda e necessária ao negro escravo, que somente ele o
sente, um amor arrancado e dissolvido, pelo outro o amor da profunda dor e um
novo amor que surge através da esperança diante do novo.
A musica "Monte Castelo" da Legião
Urbana demonstra claramente algo tão dúbio, em sua razão, especificando o que é
o humano perante, um "Eros" sem razão alguma, e impossível de
mensurar, e descrever causa ou o que vem a causar.
16
Mas o que
fica muito claro são as transformações que este causa em todos que tomam
contato, seja ele qual for e pelo que for.
"Sem
amor eu nada seria"?Como reorganizar as inquietações de "Eros"?
Eros
certamente é o verdadeiro "Ente", pois ele nos transporta para Metafísica
que concerne os estudos daquilo que não é físico (physis), do conhecimento do
ser (ontologia), do que transcende o sensorial e também da teologia e crenças,
como em coríntios 13.
Sendo uma Epistemologia,
teoriza sobre a própria ciência em nossas concepções iniciais e de como
seria possível à apreensão deste conhecimento, o amor que em momentos se mostra
Ético, Lógico e
prático já que, nos mostraria como devemos viver e gera aos nossos sentidos
uma Estética busca do belo, sua conceituação e questionamento, o
entendimento da arte de amar e ser amado.
Nas discussões que se seguiram. A Nomos e a Fhisys é o que faz as coisas
terem forma ou ideia de bem, objetos visíveis, coisas = sentidos = ver II bem,
se Eros é Eros, Eros é de algo ou de alguém! (Relação, algo, amante amado) Ele
nasce da necessidade “Pai Carência” Bom e Belo. Ver II = Deus oráculos (fala a
verdade) = Demonstra (o filosofo interpreta e fala) = Discurso (argumentos
utilizados).
Percebo partindo de alguns trechos, uma reflexão sobre Eros, e o que
seria o amor. Ser e sentir o “EROS” não se explica, mas é passível de sentir o
que o Logus do “ser” é, na sua mais profunda a ARCHÉ. Creio ter sentido e
perdido isso.
Um discurso
sobre o amor é algo tão difícil de conceber (...).
Penso que
amar ou o amor na perspectiva filosófica fica vago, pois sempre existira um
ponto de vista literário cientifico, onde se propõe uma racionalização do
irracional, seja este sentimento em qualquer nível de apreciação por parte do
ser.
Nunca
poderei descrever em palavras o quanto fui, sou e serei afetado por tal
sentimento.
Indescritível
as sensações físicas, mentais e espirituais que este causa, provocando um
equilíbrio ou desequilíbrio na razão humana.
É dúbio e
contraditório, o sentir em sentimentos, o sentido de sentir, sentir-se ou estar
sem sentidos.
Mensurar impossível... Eu amei
intensamente meus avós, meu pai, meu companheiro, momentos que tive, lugares
que não esqueço, amei poder amar, e tenho dores de amor por não poder amar
estes mais com a mesma intensidade.
Amo a vida,tão loucamente que procuro
amar a morte para que ela possa me amar e não me levar, amo muitos vivos e
outros que parecem mortos, coisas e outros seres, amo amar e ter a oportunidade
de poder amar mais uma vez ou tantas vezes forem necessárias.
Mas só amar, é de fácil entendimento,
difícil quando este, vem acompanhado de outros sentimentos, fazendo, assim se modificar
em sua essência, causando uma diferenciação na percepção do que se sente pois
enfim de forma livre e empírica, o amor tem olhar daquele que o sente, e se
coloca a retrata-lo em ato, arte ou sentidos.
"RESPIRAR NOVAMENTE"
“DEIXE ME
PASSAR SEM RESPIRAR POR VOCE.”
Deixa-me passar por
você, e te querer, e te esquecer, e te amar, e te sanar de (...) minha vida a
solidão.
Permita-me sair de
dentro do teu,
para o meu,
e ser o que deveras ser e crer
que...
Sabe o que peço me
deixe ir,
vir, ficar e amar novamente, sem precedentes
ou razão.
Quero morrer e
viver em seus braços frágeis, de gota a gota uma bolha de ar...
O2
...respiro vida no teu
seio sufocante, estou à margem
esquecido pelo nada.
Sem sentido choro e
“rio”
que corre sem palavras, ou
adjetivos sobre o eu.
Quem se encosta
sobre o um, que se perpassa em eu ou?
A alma sem força
mirrada sente fome de vida fresca e “adnuforp...
Um alimento seu, “ser”
em minha alma querendo sentir se,
melhor por ser apenas roma
...Um “Ser” e
só!
sábado, 1 de setembro de 2012
Estudar...amar...e reconhecer...Lavando e torcendo para limpar sem esgaçar!!!
Como sabem, realizei algumas oficinas de construção literária...
Assim sendo, questiono me: Como sabemos tão pouco e podemos aprender mais, porém acreditamos o contrario e com isso perdemos a escuta, visão, e o tato diante do aprender.
Obrigado cada mestre que diz disse e dirá que não é isso pode melhorar, ou você é mediocre e não tem talento,ou melhor o que é isso!!!
Peguei óleo usado e e sujo que poluía a tudo, e transformei em sabão para lavar min'alma e tirar o mais brilhante de mim!Este ainda seca ao sol, pois não esta pronto, pois irei passar e vestir-me, o caimento, as cores, e o lugar que irei usar talvez não sejam perfeitos, mas com certeza sera meu estilo. e o mais importante estarei feliz, por me apresentar apos ter dado o meu melhor!Lavando e torcendo para limpar sem esgaçar!!!
Assim sendo, questiono me: Como sabemos tão pouco e podemos aprender mais, porém acreditamos o contrario e com isso perdemos a escuta, visão, e o tato diante do aprender.
Obrigado cada mestre que diz disse e dirá que não é isso pode melhorar, ou você é mediocre e não tem talento,ou melhor o que é isso!!!
Peguei óleo usado e e sujo que poluía a tudo, e transformei em sabão para lavar min'alma e tirar o mais brilhante de mim!Este ainda seca ao sol, pois não esta pronto, pois irei passar e vestir-me, o caimento, as cores, e o lugar que irei usar talvez não sejam perfeitos, mas com certeza sera meu estilo. e o mais importante estarei feliz, por me apresentar apos ter dado o meu melhor!Lavando e torcendo para limpar sem esgaçar!!!
sábado, 25 de agosto de 2012
Carta a um Moribundo
...Eu vou chegar em um lugar só meu
Lá pode ter um novo amor pra eu viver
Quem sabe uma nova dor pra eu sentir
A droga certa pra fazer te esquecer
Vai apagar a tua marca de mim
Tudo pode estar lá
Lá pode ter um novo amor pra eu viver
Quem sabe uma nova dor pra eu sentir
A droga certa pra fazer te esquecer
Vai apagar a tua marca de mim
Tudo pode estar lá...
Lá pode ter um novo amor pra eu viver
Quem sabe uma nova dor pra eu sentir
A droga certa pra fazer te esquecer
Vai apagar a tua marca de mim
Tudo pode estar lá
Lá pode ter um novo amor pra eu viver
Quem sabe uma nova dor pra eu sentir
A droga certa pra fazer te esquecer
Vai apagar a tua marca de mim
Tudo pode estar lá...
(A função básica do sistema circulatório é a de levar material nutritivo
e oxigênio para as células, e carregar resíduos do metabolismo celular para os
órgãos que farão sua eliminação que são, por exemplo, o fígado e os rins...)
Porém existe uma força que impulsiona o sangue até os tecidos, e o
responsável por isso é o coração.
O coração poderia ser comparado com uma bomba propulsora, que produz
trabalho através da contração de suas fibras musculares estriadas cardíacas.
Mas qual a bomba propulsora que desperta o amor?
E o que circula em meu corpo quando
penso em você?
Quando o vejo doente ai no leito,
moribundo e sinto tanta dor? (....)
Esta circula pelo meu corpo
acredito eu, junto com o meu sangue, onde meus rins tentam limpar e fornecer
oxigênio para que o meu pulmão possa respirar você, e cada instante que se
precede da dor...
Às vezes quero discutir com deus do por
que ele permite que isso ocorra, chamo por ele, e ele estas no céu!Mas queria
que estivesse aqui!
Deus esta morto! Deus permanece morto!
E quem o matou fomos nós! Será que matei o meu deus? Nietzsche
Pois nas vezes
em que estive com você
“Deus de vez em quando me tira a poesia e eu
olho pedras e vejo pedra mesmo”
Deus me tirou a
poesia de ama-lo, e somente pude enxergar dor” dor esta que sentia, perdi a poesia...
Fugiu-me a filosofia....
Eu me espanto a todo o momento com o
que o corpo é capaz....
(...) Caminhando de volta pra casa após
ver-te, não me percebia, não me sentia, onde estava, ou se o “eu” criou um
mundo paralelo e tinha ficado esquizofrênico... Verde, laranja..e
vermelho..atravessei exatamente 8 faixas, uma igreja, a banca de jornal...
No túnel do metro revisitei cada
momento da nossa vida...Do seu corpo, cada nuance e curva, e ruga, o sorriso
caído..e o ar sarcástico......
-você cuida de mim?
- Tô com medo, você cuida de mim!?
_ (...)
- Pode confiar em mim, por que eu te
amo!
Uma imagem, que jamais sairá do meu
corpo, esta obra magnífica criada, e pouco apreciada, onde a negligencia fez
você virar a musa do poeta e o poeta sentir se um aleijado.
.”Eu não sou tão triste assim é que
hoje?...Hoje eu to cansada!”
Clarice Lispector
quarta-feira, 4 de julho de 2012
anuncio estranho
Olá Sou super coerente... Olha: tenho um rosto calmo e paciente, de noite, tenho bruxismo, apesar de acordar cedo por conta do que mesmo???Do trabalho.Quando estou trabalhando,não que eu não trabalhe mas chega!Enfim adoro ser noturno, não consigo recusar um bate papo com café as 23hs 24hs 00hs 01hs 02hs...I Mais uma hora vou ter sono e ai vou dormir tá, Bacana??? Só se for com gelo e limão e um cigarro (CD do Cartola). Sou gente fina, mas sem guarda-chuvinha de coquetel. À meia luz, fico com ar dramático!Sofro de surdez congenita...Quê ?Èm??è uma costante. Que mais... Corro de acefalos! Ah! E odeio qdo ficam, blá blá , blá blá blá...a mas ficar mudo não da também...Objetivo é tudo! Nao percamos tempo, oque vc quer pois "eu" sou direto! No mais: Dois braços, duas pernas, magro, um nariz. Já tentei mudar ele, mas o melhor lugar ainda é no meio da cara.T....Tipo perto da bochecha...penso eu...mas já é perto da bochecha(...) bom depois eu penso nisso! Alguns pêlos denunciam minha masculinidade... Ta afim?
segunda-feira, 2 de julho de 2012
DIVAGAÇÕES...
"SER GAY É PERFEITO POIS SOU O MELHOR DO HOMEM E O MELHOR DA MULHER, QUEM PODERÁ NOS SUPERAR?"
"HOMENS PROCRIAM PELO RESTO DA VIDA, É FÁLICO É HORMONAL, INSTINTIVO, TODA SUA FORMA É PERFEITA E ESTINGANTE"
"MORAL NÃO...ÉTICA JAMAIS...SOU ADEPTO DA RAZÃO PURA E O PESAMENTO LIVRE...O MEU É, POIS ESTE NINGUÉM CALA OU REPRIME, ELE ME PERTENCE, QUEM QUISER QUE SEJA AMORDAÇADO POR TODA UMA VIDA, SOU O PRÓPRIO LÓGUS DE SERUM EU QUE É!"
"TRAIÇÃO É ALGO QUE ESTA NA CABEÇA, TRAIÇÃO É MORAL VOCÊ TRAI PRINCÍPIOS, CONFIANÇA, IDEIAS, AMIZADE E RESPEITO...SEXO NÃO TEM NADA A VER CO ISSO"
"O AMOR É LIBERDADE, É FORTE, É LINDO, E É LIVRE: QUEM AMA DESEJA QUE O OUTRO SEJA!" "DROGAS?DROGA É O PODER, VICIA E MATA, TODAS AS OUTRAS ESTÃO SOBRE CONTROLE EM MINHA EXISTÊNCIA"
"UM BANDO DE PÁSSAROS, FLORES, ZEBRAS, ELEVANTES, PEIXES, ABELHAS É LINDO E PERFEITO!UM BANDO DE HOMENS É O PRÓPRIO CAUS, INSTALADO É UMA VISÃO HORRÍVEL E ASSUSTADORA!"
"HOMENS PROCRIAM PELO RESTO DA VIDA, É FÁLICO É HORMONAL, INSTINTIVO, TODA SUA FORMA É PERFEITA E ESTINGANTE"
"MORAL NÃO...ÉTICA JAMAIS...SOU ADEPTO DA RAZÃO PURA E O PESAMENTO LIVRE...O MEU É, POIS ESTE NINGUÉM CALA OU REPRIME, ELE ME PERTENCE, QUEM QUISER QUE SEJA AMORDAÇADO POR TODA UMA VIDA, SOU O PRÓPRIO LÓGUS DE SERUM EU QUE É!"
"TRAIÇÃO É ALGO QUE ESTA NA CABEÇA, TRAIÇÃO É MORAL VOCÊ TRAI PRINCÍPIOS, CONFIANÇA, IDEIAS, AMIZADE E RESPEITO...SEXO NÃO TEM NADA A VER CO ISSO"
"O AMOR É LIBERDADE, É FORTE, É LINDO, E É LIVRE: QUEM AMA DESEJA QUE O OUTRO SEJA!" "DROGAS?DROGA É O PODER, VICIA E MATA, TODAS AS OUTRAS ESTÃO SOBRE CONTROLE EM MINHA EXISTÊNCIA"
"UM BANDO DE PÁSSAROS, FLORES, ZEBRAS, ELEVANTES, PEIXES, ABELHAS É LINDO E PERFEITO!UM BANDO DE HOMENS É O PRÓPRIO CAUS, INSTALADO É UMA VISÃO HORRÍVEL E ASSUSTADORA!"
segunda-feira, 30 de abril de 2012
Deixa-me passar sem respirar...
Deixa-me passar por você, e te querer e te esquecer e te
amar e te sanar de minha vida a solidão.Permita-me sair de dentro do teu para o
meu eu e ser o que deveras ser e crer que...Sabe o que peço me deixe ir vir
ficar e amar novamente sem precedentes ou razão quero morrer a e viver em seus
braços frágeis de gota a gota uma bolha de ar o O2 eu respiro tua vida no meu
seio sufocante estou a margem e esquecido pelo nada sem sentido choro e rio sem
palavras ou adjetivos sobre o eu quem se encosta sobre o um que se perpassa em
eu o a alma sem força mirrada sente fome de vida fresca e profunda um alimento seu
ser em minha alma querendo sentir se melhor por ser apenas eu com...Ser e só!
domingo, 1 de abril de 2012
Você tem o dom de me entender Como ninguém mais
A gente aprende com os erros e acertos?Não sei!
Não tenho medo e nem vergonha de dizer que estou sofrendo e
não consigo te esquecer...
Só Sei de uma coisa: A gente pede tanto pra encontrar alguém especial, e que você possa amar incondicionalmente,
e cuidar...Então recebi este presente!
E e foi o que fiz, cuidei, protegi, amei..amei fiz o que eu
podia e sabia ser o melhor...
Me Coloquei inteiro e de cabeça pra ti que precisava de mim...Um alguém que fosse cúmplice e
pegasse em sua mão...
Tô sofrendo tanto, não tive culpa, foi a vontade do divino ...Por que deus resolve unir pelo amor e separar pela dor?Não sei responder,somente chorar!
Cansado de ser forte eu estou arriando,todos os lugares que íamos juntos...Os amigos em comum, os momentos...Lugares que me dói passar pois revivo cada instante, não tinha noção de que eu o amava tanto...E que me tornaria tão dependente de você, eu perdi o controle do meu coração...Há se eu tivesse o poder, eu preferia que fosse eu á passar pela sua dor, sei que eu teria mais força pra isso..
Amor descanse pois eu preciso de paz na alma e no coração,vai acompanhe esta luz, ela é muito forte e ira acolhe-lo com amor e oferecer-te o que agora já não me compete...
O amor que eu pude lhe oferecer, foi uma ponte então agora atravesse..Pois ao lado do Pai ele será triplicado...Pegue na mão de Oya ela o ajudara na caminhada como uma mãe acolhedora, e Ossumare lhe dará compreensão para o descanso e a nova caminhada.
Meu sofrimento esta infinito mas, sei me cuidar pois passa, sempre passa..isso aqui bebe, é carne, artificial isso fica, o espírito é eterno, e um dia, "Não agora!A gente se vê e ai a missão se completa!
Por hora vai amor..
Tô sofrendo tanto, não tive culpa, foi a vontade do divino ...Por que deus resolve unir pelo amor e separar pela dor?Não sei responder,somente chorar!
Cansado de ser forte eu estou arriando,todos os lugares que íamos juntos...Os amigos em comum, os momentos...Lugares que me dói passar pois revivo cada instante, não tinha noção de que eu o amava tanto...E que me tornaria tão dependente de você, eu perdi o controle do meu coração...Há se eu tivesse o poder, eu preferia que fosse eu á passar pela sua dor, sei que eu teria mais força pra isso..
Amor descanse pois eu preciso de paz na alma e no coração,vai acompanhe esta luz, ela é muito forte e ira acolhe-lo com amor e oferecer-te o que agora já não me compete...
O amor que eu pude lhe oferecer, foi uma ponte então agora atravesse..Pois ao lado do Pai ele será triplicado...Pegue na mão de Oya ela o ajudara na caminhada como uma mãe acolhedora, e Ossumare lhe dará compreensão para o descanso e a nova caminhada.
Meu sofrimento esta infinito mas, sei me cuidar pois passa, sempre passa..isso aqui bebe, é carne, artificial isso fica, o espírito é eterno, e um dia, "Não agora!A gente se vê e ai a missão se completa!
Por hora vai amor..
Você tem o dom de me entender
Como ninguém mais
Hoje eu dou um jeito de te ver
Pra ficar em paz
Você tem o dom de me entender
Como ninguém mais
Um dia todo mundo vai saber
Que o nosso amor é demais
Que seja eterno enquanto dure
E dure para sempre...
E dure para sempre...
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