quarta-feira, 26 de setembro de 2012

ENSAIO SOBRE O AMOR Ἔρως;"



A racionalidade é uma oposição direta ao afetivo e sentimental na filosofia, qual a verdade do ser, a filosofia tem que dizer o que o ser é.
 Sócrates Desenvolve uma dialética sobre “Eros”, e o que seria o amor.
Nas discussões que se seguem, entre Sócrates, e sua dialética para com o sofista Fédon e os outros convidados, ele se utiliza da retórica com o fim, de desenvolver um discurso a conduzir Fédon à razão, mas com um propósito claro; A verdade do ser. Verdade esta, que lhe foi ensinada pela sacerdotisa Diotima de Martinéia.
Eros é algo entre o mortal e imortal, ou seja, Daimom, filho de Poros e Penia, características delicadas, belo astuto, um “dês causo” ele não é por natureza, nem mortal, nem imortal, no mesmo dia floresce e vive e morre. Eros = Daimom = filosofo = amante.
O amante do belo, feliz, ou seja, a eudaimonia.
O bom e o belo esta para além do caráter moral, tudo é feito, fabricado “poiesis”, mito quem fabrica “poiétes” fazedor.
Onde ocorre a geração em beleza, amante, belo, bom e imortal por fim, feliz. Alma X corpo (homem) imortal X mortal, O homem que gera o mito, a natureza, analogias e a filosofia o Ascer Erótica.
Clarice expõe num dialogo forte e por vezes acido a dor da existência humana, questionando se sobre o que é a vida e o amor por ela ou a falta deste... Ela consegue nos causar náusea e repulsa ao mesmo tempo que uma delicada e profunda reflexão do ser.
O amor ou "Eros" do ser se mostra através de sua poesia em prosa, um amor pela capacidade de percepção do todo.
Enquanto Camões, específica, ou tenta colocar o amor como algo tangível empírico e em alguns momentos transcendental, confundindo-nos em suas comparações poéticas, de forma a nos fazer pensar que o amor é algo que se assemelha a uma doença ou estigma, de prazer e desventuras, causas dos sofrimentos e das alegrias humanas, uma razão para o ser feliz.
É quase que uma doença, mas ao mesmo tempo a cura para tudo, pois quando se ama se sente o mais profundo dos sentimentos seja este por algo ou alguém, e fica muito claro na poesia de Camões,assim como para a abordagem sobre o Banzo, que é um amor e uma tristeza tão profunda e necessária ao negro escravo, que somente ele o sente, um amor arrancado e dissolvido, pelo outro o amor da profunda dor e um novo amor que surge através da esperança diante do novo.
 A musica "Monte Castelo" da Legião Urbana demonstra claramente algo tão dúbio, em sua razão, especificando o que é o humano perante, um "Eros" sem razão alguma, e impossível de mensurar, e descrever causa ou o que vem a causar.

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Mas o que fica muito claro são as transformações que este causa em todos que tomam contato, seja ele qual for e pelo que for.
"Sem amor eu nada seria"?Como reorganizar as inquietações de "Eros"?
Eros certamente é o verdadeiro "Ente", pois ele nos transporta para Metafísica que concerne os estudos daquilo que não é físico (physis), do conhecimento do ser (ontologia), do que transcende o sensorial e também da teologia e crenças, como em coríntios 13.
Sendo uma Epistemologia, teoriza sobre a própria ciência em nossas concepções iniciais e de como seria possível à apreensão deste conhecimento, o amor que em momentos se mostra Ético, Lógico e prático já que, nos mostraria como devemos viver e gera aos nossos sentidos uma Estética busca do belo, sua conceituação e questionamento, o entendimento da arte de amar e ser amado.
Nas discussões que se seguiram. A Nomos e a Fhisys é o que faz as coisas terem forma ou ideia de bem, objetos visíveis, coisas = sentidos = ver II bem, se Eros é Eros, Eros é de algo ou de alguém! (Relação, algo, amante amado) Ele nasce da necessidade “Pai Carência” Bom e Belo. Ver II = Deus oráculos (fala a verdade) = Demonstra (o filosofo interpreta e fala) = Discurso (argumentos utilizados).
Percebo partindo de alguns trechos, uma reflexão sobre Eros, e o que seria o amor. Ser e sentir o “EROS” não se explica, mas é passível de sentir o que o Logus do “ser” é, na sua mais profunda a ARCHÉ. Creio ter sentido e perdido isso.
Um discurso sobre o amor é algo tão difícil de conceber (...).
Penso que amar ou o amor na perspectiva filosófica fica vago, pois sempre existira um ponto de vista literário cientifico, onde se propõe uma racionalização do irracional, seja este sentimento em qualquer nível de apreciação por parte do ser.
Nunca poderei descrever em palavras o quanto fui, sou e serei afetado por tal sentimento.
Indescritível as sensações físicas, mentais e espirituais que este causa, provocando um equilíbrio ou desequilíbrio na razão humana.
É dúbio e contraditório, o sentir em sentimentos, o sentido de sentir, sentir-se ou estar sem sentidos.
Mensurar impossível... Eu amei intensamente meus avós, meu pai, meu companheiro, momentos que tive, lugares que não esqueço, amei poder amar, e tenho dores de amor por não poder amar estes mais com a mesma intensidade.
Amo a vida,tão loucamente que procuro amar a morte para que ela possa me amar e não me levar, amo muitos vivos e outros que parecem mortos, coisas e outros seres, amo amar e ter a oportunidade de poder amar mais uma vez ou tantas vezes forem necessárias.
Mas só amar, é de fácil entendimento, difícil quando este, vem acompanhado de outros sentimentos, fazendo, assim se modificar em sua essência, causando uma diferenciação na percepção do que se sente pois enfim de forma livre e empírica, o amor tem olhar daquele que o sente, e se coloca a retrata-lo em ato, arte ou sentidos.