quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Minha alma perspicaz...estações do ano se desfaz!


Profundo percebo que o vácuo me chama, este abismo a vida.
O que quer, sua maldita que teima em fazer-me sofrer?
A mim, tu não enganas, sei que és ardilosamente convidativa,
Com suas estações do ano!
Sabes que estou na plataforma, a espera do trem.
E como que, der repente chegas!

E me convidas a entrar.
Bobo, vou.E começa a viagem(...)
De onde parti???

Estação primavera...

Ai de flores, que de amores.
Fico alucinado pelo cheiro da relva na manhã.
É uma felicidade mórbida incontrolável por todos!
O sol que brilha sorrindo lhe pela manhã,
E abrindo o caminho, para uma deliciosa chuva,
No fim da tarde.
Ai meu Deus!As noites estreladas,
O que querem as estrelas, nos cegar?
Não entendo a lua!?!Brilha tanto,
Que grilos e cigarras ficam loucos ao som,
De lobos e cachoros do mato.
Nascem mais...Nasce tudo e de todas as espécies.
...e um constante cheiro de flores.

Próxima estação Verão

Sol e suor, pecado e prazer.
Escaldante ele te consome, e você consome.
Tudo que possa refrescar, abanar, evaporar,molhar...
Sim molhar!
Queima te os neurônios e afoga te em tempestades.
Tudo é um exagero, e um cheiro.
Brilha e 40 graus, quer mais é que o mundo se acabe,
Com um tufão, tempestades de verão.
E quando pensas que acabou,
Lá estas ele novamente à brilhar pela manhã.
Este deixando que não durma,
Rolando na cama, na rede na vida.
Te transformando em almoço, janta e lachinho de insetos.
E "incertos" da vida.
Por certo amanhã fará sol


Estação Outono.

Com tudo um sono, um mormaço talvez.
Lembranças sagaz, e a brisa voraz.
Ventania divina que levas a cima,
Pra depois lhe soltar e levemente cair,
Sem nada entender.
Árvores desnudadas e os bichos no cio.
Um que de vazio, tentando juntar.
Olhares atentos, os ventos tormentos.
Uma lua que ri, sem nada dizer.
Ao longe os pios, grunhidos e us.
A vida a espreita, deleitas de tu.
Acorde um pouquinho.
E ouça baixinho, ela dizer:
Da terra a terra, do pó ao pó.


Terminal Inverno

Um frio na alma, que nada te acalma.
Te gela as palavras, te treme o corpo.
Consome te o frio, e os desafios.
Um mundo bucólico, melancolia talvez...
Um vento gelado, céu acinzentado.
Bem fazem os bichos, ao ir hibernar,
De forma tão linda, não vê-la passar.
No nada de cinzas, nuvens se arrastam.
As vezes que chove, um gelado que sobe.
Deixando ficar um nevoeiro cinzento,
Que nem o alento do dia pode curar.
O seu sol não aparece, as flores esquecem,
A gente adormece, o frio entorpece até nos matar.

Primavera-arevamirP e o Verão-oãreV,
Este, o Outono-onotuO, um me quer, de bem querer!
Pois suposto este Inverno, onrevnI se vai morrer.
Minha alma perspicaz...estações do ano se desfaz!