quarta-feira, 20 de novembro de 2013

É para o outro...

Enlouqueci, quase morro todos os dias e acordo para a vida, que não esta!
E o mais esclarecedor é que não dói mais, ai vem o questionamento: Estou ficando frio e racional ou nunca me importei? Sou isso ou sou aquilo melhorado ou piorado?
Por que na metafisica, o espirito tem de estar ligado ao racionalizar, perdi a crença?
Não! Sou crente em varias das coisas me impostas pelo mundo contemporâneo...
Pelas palavras de Hannah Arendit “ ...há sentido ainda...”, respondo pela boca de Nietzsche “quem tem coragem para tanto”,Eu!
A que preço, ao preço de ganhar e perder?...ai como perco, como caio, como dou com a cara na parede, como ainda me surpreendo com discursos e falácias do vazio presente, “aquele”.
Mas o que mata, e que eu levanto e levanto forte!!!Forte demais!!!!

Não encaixo!Sou um quebra cabeças, sem justa medida, se amo é apaixonante, se odeio é por inteiro.
As minhas pertubações e meu modo...São modos adquiridos, como a troca de pele de uma serpente sempre ao novo renascimento, ou a metamorfose de uma ninfa, da guerreira sanguinária, a bela que voa por sobre o outro, vistando um lugar amigável a se viver.
Responda pra mim...Pois eu não consigo compreender te...? ? ?
Hegel diz “....Algo só vai ser, quando ele é para o outro.....ser para o outro, você só é para o outro...existir por dependência...” Que merda!!!

Mas a minha ação de criar o impossível, é: É o descolamento vital.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Sonhar o ja vivido

 

2007
Acordei esta semana ao som de Art Montcks... E pesara cadê meu cabelo vermelho ou azul ou meus cachos selvagens, minhas tatoos se apagam com o tempo, meus pircengs alguns eu já não os tenho...eu era tão The Stronks e chorava ao som de Legião Urbana e me produzia ao som de Bijork....Dançava como uma vadia no cio, e fazia do corpo de todos meu ninho certamente eu era mais rock in roll, eu queria mudar o mundo!
Realmente o mundo que encontrei hoje pela manhã não é o mesmo, não tem mais a calça rasgada, a garrafa de vinho barato o fumo puxado, vocês ao meu lado e não fui eu quem o mudou, ele evoluiu de possibilidades para amebíase escatológica... Ainda sim queria dançar co você aquela dos novos baianos... E nos deliciar ao som de Amelie Polan, ver um filme, de “Jean Genet”, entorpecidos e famintos... De amor, de calor... De fervor!!!
Caramba eu vivi isso, e não vivo mais!
As noites eram perfeitas e os dias incandesceram... Os amigos maravilhosos e cúmplices de momentos magníficos... Acho que estou partindo, pois vivo ou sobre vivo, com estes devaneios... Visitas e revisitas... Perdões, esquecidos... Amantes amigos... Beijos e pedidos!?
E ai se esvai minha alegria e uma partida só com as melhores lembranças!!!
Deveria eu amar tão intensamente, deveria eu me entregar por inteiro?Claro que sim!
Deve meu coração se amar?Sim claro que sim passou mas eu vivi, você viveu e nós vivemos isso e muito mais...
 
É isso....
 

"OS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO E FUNDAMENTAL, ESTÃO SENDO CONTEMPLADOS COM O ESTUDO DA HISTORIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA.


"OS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO E FUNDAMENTAL NAS ESCOLAS DA REGIÃO DO GRANDE ABC, ESTÃO SENDO CONTEMPLADOS COM O ESTUDO DA HISTORIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA EM SUAS GRADES CURRICULARES COMO PROMULGA A LEI 11.645/08?"

SÃO BERNARDO DO CAMPO  - 2012

Eu Tenho Um Sonho... "Quando os arquitetos de nossa república escreveram as magníficas palavras da Constituição e da Declaração de Independência, estavam assinando uma nota promissória de que todo norte americano seria herdeiro. Esta nota foi a promessa de que todos os homens, sim, homens negros assim como homens brancos, teriam garantidos os inalienáveis direitos à vida, liberdade e busca de felicidade. Mas existe algo que preciso dizer à minha gente, que se encontra no cálido limiar que leva ao templo da Justiça. No processo de consecução de nosso legítimo lugar, precisamos não ser culpados de atos errados. Não procuremos satisfazer a nossa sede de liberdade bebendo na taça da amargura e do ódio. Precisamos conduzir nossa luta, para sempre, no alto plano da dignidade e da disciplina. Precisamos não permitir que nosso protesto criativo gere violências físicas. Muitas vezes, precisamos elevar-nos às majestosas alturas do encontro da força física com a força da alma; e a maravilhosa e nova combatividade que engolfou a comunidade negra não deve levar-nos à desconfiança de todas as pessoas brancas. Isto porque muitos de nossos irmãos brancos, como está evidenciado em sua presença hoje aqui, vieram a compreender que seu destino está ligado a nosso destino. E vieram a compreender que sua liberdade está inextricavelmente unida a nossa liberdade. Não podemos caminhar sozinhos. E quando caminhamos, precisamos assumir o compromisso de que sempre iremos adiante. Não podemos voltar. Digo-lhes hoje, meus amigos, embora nos defrontemos com as dificuldades de hoje e de amanhã, que eu ainda tenho um sonho. E um sonho profundamente enraizado no sonho norte americano. Eu tenho um sonho de que um dia, esta nação se erguerá e viverá o verdadeiro significado de seus princípios: "Achamos que estas verdades são evidentes por elas mesmas, que todos os homens são criados iguais". Eu tenho um sonho de que, um dia, nas rubras colinas da Geórgia, os filhos de antigos escravos e os filhos de antigos senhores de escravos poderão sentar-se juntos à mesa da fraternidade. Eu tenho um sonho de que, um dia, até mesmo o estado de Mississipi, um estado sufocado pelo calor da injustiça, será transformado num oásis de liberdade e justiça. Eu tenho um sonho de que meus quatro filhinhos, um dia, viverão numa nação onde não serão julgados pela cor de sua pele e sim pelo conteúdo de seu caráter. Quando deixarmos soar a liberdade, quando a deixarmos soar em cada povoação e em cada lugarejo, em cada estado e em cada cidade poderá acelerar o advento daquele dia em que todos os filhos de Deus, homens negros e homens brancos, judeus e cristãos, protestantes e católicos, poderão dar-se as mãos e cantar com as palavras do antigo spiritual negro: Livres, enfim. Livres, enfim. Agradecemos a Deus, todo poderoso, somos livres, enfim".

(Martin Luther King 28 de agosto de 1963 Washington, D.C.)



INTRODUÇÃO

Diante da temática escolhida: "Afros Brasileiros e Indígenas nos Materiais Didáticos" o grupo pensou em abordar uma questão muito pertinente a vida acadêmica, onde será de suma importância estar preparado e embasado para aplicação de normas estabelecidas em lei, quanto às pedagogias e cronogramas estabelecidos e suas aplicações em sala de aula.

Observado que, em nossa formação devemos seguir diretrizes fundamentadas, surgirá uma questão a qual deveria ser respondida, com o intuito de sanar as inquietações da docência, onde seria necessário perceber a realidade diante da teoria.

O ministério da educação e o presidente da republica Luiz Inácio Lula da Silva em 10 de março de 2008 estabelece as diretrizes e bases da educação nacional para incluir no currículo escolar da rede de ensino, a obrigatoriedade da temática "Historia e Cultura Afro-Brasileira e Indígena". Sendo esta assim posteriormente sancionada como lei 11.645/08.

Tendo em vista o cumprimento da referida lei, pelos docentes em exercício no país, algumas observações em estágios e o contato com os materiais didáticos pedagógicos oferecidos pelo ministério da educação, nos incitou a questionar: Os alunos do ensino médio e fundamental nas escolas da região do grande abc estão sendo contemplados com o estudo da historia e cultura afro-brasileira e indígena em suas grades curriculares como promulga a lei?

O grupo sentiu então a necessidade de pesquisar e responder a questão.

Contudo, o grupo orientado pelo Professor Dr. Oswaldo, decidiu utilizar como apoio nas pesquisas bibliográficas principais, as obras de Florestan Fernandes, Darcy Ribeiro e Luiz Gama, além de literaturas de apoio, seguido de uma pesquisa de campo com dissentes do ensino médio e fundamental da região do grande abc, sendo 40 alunos com idade entre 12 e 17 anos das escolas de ensino fundamental e médio.

Projeto Adolescente Aprendiz núcleo I.N. do Município de Diadema, com horário de funcionamento das 13h00min as 17h00min onde mantém uma coordenadora do núcleo (educadora social) e um atendente administrativo.

O local é composto de quatro salas, uma de informática equipada e funcional, pátio, banheiros masculinos e femininos e uma estrutura física boa.

Formulamos perguntas de forma amostral utilizando quatro perguntas, com três fechadas e uma aberta. 10

Sistema de questionário, folha individual entregue a cada um (múltipla escolha e dissertativa), fazendo uso de slides em PowerPoint, com quatro imagens para cada folha de apresentação, sendo doze slides com variações de tom, permitindo assim que estes pudessem perceber-se e associar a sua respectiva resposta, quanto à pergunta feita.

Seguimos um cronograma estabelecido junto à instituição e seus respectivos responsáveis, para a realização do mesmo em datas e horários marcados, onde fomos bem recebidos com grande interesse sobre a pesquisa. Foi nos disponibilizado a sala de informática, onde cada aluno dividido e dois grupos de vinte alunos, dispostos cada um em um computador, onde previamente o grupo de pesquisa já havia instalado os slides e disponibilizado folha questionário para resposta.

Com dados em mãos passamos a analisar e elaborar gráficos e resultados colhidos, e algumas literaturas complementares que viessem a colaborar com a conclusão e análise da pergunta.

Com base na realização do trabalho, podemos concluir e responder a pergunta inicial elaborando uma conclusão sobre o problema questão levantada pelo grupo.

Tendo assim uma perspectiva dos fatos, proporcionando ao grupo, orientadores e o leitor, um ponto de vista que possa colaborar para um ensino pedagógico e reflexão filosófica sobre o tema, na busca pela qualidade e cumprimento do currículo escolar determinado e adequando o, à realidade da população brasileira. 11

 

1. LUIZ GAMA – O LIBERDADOR DE ESCRAVOS E SUA MÃE LIBERTÁRIA LUIZA MAHIN

1.1. EDUCAR PARA O FUTURO REVERENCIANDO O PASSADO

A libertação de escravos, de forma semelhante, aparece como uma benevolência, quase caridade a simples assinatura de uma lei por uma princesa "bondosa", sem mais nem menos. A lei Áurea, de 13 de maio de 1888, é definitiva na história ensinada nas escolas. Chega-se a falar de lutas, declaram se poemas de Castro Alves ( um defensor da causa, sem dúvida), e até cita-se um negro Jose do Patrocínio, intelectual também, defensor do fim da escravidão, aceito pela história oficial, o que não o desmerece, mas que não foi o iniciador da luta, o pioneiro. A Sociedade Brasileira Contra a Escravidão, criada por Joaquim Nabuco e Jose do Patrocínio, no Rio de Janeiro, teve muita importância e sua experiência se esparramou por vários lugares, dezenas de sociedades semelhantes em vários Estados se inspiraram nela. Mas fundação da sociedade aconteceu em 1850, quando ninguém se atrevia a fazer isso. (Benedito, 2011 pag.13 e 14) A história esconde os verdadeiros heróis, como demonstra Mouzar Benedito em sua pequena obra, mas de muito valor. Com isso, observamos a falta de referencia historiográfica nas obras literárias, materiais didáticos e pedagógicos utilizados nas escolas, lugar onde deveríamos compartilhar o conhecimento e reproduzir a verdade sem escondê-la.

De acordo com (Benedito, 2011 pag.21) Para um negro, as coisas eram (e são ainda hoje) muito mais difíceis do que para os brancos. O grupo percebeu em suas observações um pensamento subliminar inserido, onde distorce a história étnica racial do pais, amenizando e maquiando fatos históricos importantes para a valorização do brasileiro em formação escolar, percebe se ainda uma manipulação política para portanto, privar as novas gerações de exercitar a razão e o pensar social de sua identidade como cidadão, quase que arrancando lhes suas referências verdadeiras, promovendo um apagão na memória de um povo.

Luiz Gama, considerado o precursor das lutas abolicionistas no Brasil, era ridicularizado por isso, ser antiescravagista parecia um despropósito na época. Só mais tarde apareceram algumas pessoas como o poeta Castro Alves para engrossar essa luta (Benedito, 2011 pag.31). Um de nossos vários papeis como educador é o de fazer com que esta história não seja 12

esquecida e sim discutida, questionada e faze-la visível como uma mancha em nosso histórico de injustiças para um reflexão e reparação social afim de manter e converter o pensamento enraizando um orgulho por ser o que se é, como brasileiro, miscigenação de raças e culturas.

Segundo Benedito, 2011 pag.31 O negro era visto pela classe dominante como um mero animal de trabalho. Ao nos confrontarmos com essa realidade didática, a qual insiste em modificar um evento real, mantendo os estudantes de todas as etnias inertes a não se perceber como um ser protagonista do seu histórico de lutas, genealogia, e identidade, e projetando lhe um passado irreal e um pensamento que não é o seu verdadeiro, fabricando lhe histórias fantasiosas de um passado de fábulas.

Entendendo Benedito, 2011 pag.55 Luiz Gama reagia com humor às provocações por causa da cor da sua pele, nem por isso era menos radical contra o racismo.

Isso nos provoca o seguinte pensamento, podemos ainda sim ser um povo alegre, piadista e querer viver um futuro diferente e melhor em busca do progresso, mas nossa historiografia e toda sua mazela antropológica devem ser lembradas, discutidas e celebradas, para assim reorganizarmos nossos pensamentos e não permitir casos recorrentes presentes no hoje, ainda sim fundamentalmente reparar o que é possível socialmente em todos os campos de inteligibilidade humana.

(O Navio Negreiro - Castro Alves)

"'Estamos em pleno mar... Doudo no espaço Brinca o luar - dourada borboleta; E as vagas após ele, correm... cansam, Como turba de infantes inquieta."

"Era um sonho dantesco... o tombadilho, Que das luzernas avermelha o brilho. Em sangue a se banhar. Tinir de ferros... estalar de açoite... Legiões de homens negros como a noite, Horrendos a dançar... Negras mulheres, suspendendo às tetas, Magras crianças, cujas bocas pretas, Rega o sangue das mães: Outras moças, mas nuas e espantadas, No turbilhão de espectros arrastadas, Em ânsia e mágoa vãs! E ri-se a orquestra irônica, estridente...E da ronda fantástica a serpente, Faz doudas espirais ... Se o velho arqueja, se no chão resvala, Ouvem-se gritos... o chicote estala. E voam mais e mais... Presa nos elos de uma só cadeia, A multidão faminta cambaleia, E chora e dança ali! Um de raiva delira, outro enlouquece, Outro, que martírios embrutece, Cantando, geme e ri! No entanto o capitão manda a manobra, E após fitando o céu que se desdobra, Tão puro sobre o mar, Diz do fumo entre os densos nevoeiros:"Vibrai rijo o chicote, marinheiros! Fazei-os mais dançar!..." E ri-se a orquestra irônica, estridente. E da ronda fantástica a serpente, Faz doudas,espirais...Qual um sonho dantesco as sombras voam!...Gritos, ais, maldições, preces ressoam!E ri-se Satanás!..."

(IN:Espumas Flutuantes.RJ: Edições de Ouro,s.d.p 184 – 5)

Etica


A palavra ética é de origem grega derivada de ethos, que diz respeito ao costume, aos hábitos dos homens. Teria sido traduzida em latim por mos ou mores (no plural), sendo essa a origem da palavra moral.
Uma das possíveis definições de ética seria a de que é uma parte da filosofia (e também pertinente às ciências sociais) que lida com a compreensão das noções e dos princípios que sustentam as bases da moralidade social e da vida individual. Em outras palavras, trata-se de uma reflexão sobre os valores das ações sociais consideradas tanto no âmbito coletivo como no âmbito individual.
Tentarei decorrer racionalizando o exercício proposto sobre ética.
E como somos meros mortais irei me referenciar e revisitar alguns filósofos que se propuseram a analisar filosoficamente o assunto para então emitir um pensamento sobre o tema exercitando um pensamento critico sobre o que é ética, como, e de que forma esta se apresenta em minha perspectiva atual, refletindo a cerca das influencias que um código moral, e uma conduta ética estabelecem e ou influencia o exercício virtuoso sobre nossa subjetividade contemporânea.

CONSIDERAÇÕES 

Existe alguma confusão entre o Conceito de Moral e o Conceito de Ética.

“A etimologia destes termos ajuda a distingui-los, sendo que Ética vem do grego “ethos” que significa modo de ser, e Moral tem sua origem no latim, que vem de “mores”, significando costumes. Esta confusão pode ser resolvida com o estudo em paralelo dos dois temas, sendo que Moral é um conjunto de normas que regulam o comportamento do homem em sociedade, e estas normas são adquiridas pela educação, pela tradição e pelo cotidiano. É a “ciência dos costumes”. A Moral tem caráter normativo e obrigatório. Já a Ética é “conjunto de valores que orientam o comportamento do homem em relação aos outros homens na sociedade em que vive, garantindo, assim, o bem-estar social”, ou seja, Ética é a forma que o homem deve se comportar no seu meio social. A Moral sempre existiu, pois todo ser humano possui a consciência Moral que o leva a distinguir o bem do mal no contexto em que vive. Surgindo realmente quando o homem passou a fazer parte de agrupamentos, isto é, surgiu nas sociedades primitivas, nas primeiras tribos.” RICOEUR, 1991.

Observando os dias atuais fico pensante em estabelecer um pensamento filosófico formal e da razão humana sobre ética, que na visão de vários filósofos ao longo do tempo se propuseram a debruçar se sobre o assunto, ética, que confunde se com moral, muitas vezes esta se entrelaça o senso comum, e prefiro esta separação e distinção que Ricoeur propõe aos dois conceitos.
Curiosamente, a palavra "ética" é, hoje em dia, bem aceita nos discursos, enquanto o termo "moral" é rejeitado em nome de uma conotação vagamente religiosa ou bem pensante. No entanto, trata se de dois sinônimos, derivados um do grego e o outro do latim, evocando a arte de escolher um comportamento, distinguir o bem do mal. (JACQUARD, A.  Filosofia para não Filósofos, p. 37.).
Por que, estes equivocam constantemente? Tenho primeiro que estabelecer quais as relações morais que nossa sociedade é, e vive estabelecida como um padrão social, onde concepções morais das mais variadas, quase sempre estão inseridas com certa religiosidade, ou um parâmetro, de justiça um estado comum e partilhado.
“‘A justiça concentra em si toda a excelência’. É, assim, de modo supremo a mais completa das excelências. É, na verdade, o uso da excelência completa. Completa, porque quem a possuir tem o poder de usá-la não somente para si, mas também com outrem. [...] a justiça é a única excelência que parece ser um bem que pertence a outrem, porque efetivamente envolve uma relação com outrem; isto é, produz pela ação o que é de interesse para outrem [...]”. (Aristóteles, Ética a Nicômaco, 1130 a1, livro V, São Paulo, Editora Atlas, 2009).

Uma sociedade se coloca em um conjunto social, uma organização comum, onde estabelecem um formado ético de bem viver, desfrutando de regras e fazendo delas suas formas de organização em sociedade moral e de justiça. S. Tomás de Aquino e Santo Agostinho incorpora-se a ideia de que a virtude se define a partir da relação com Deus e não com a cidade ou com os outros. Deus nesse momento é considerado o único mediador entre os indivíduos, portanto o mediador, condutor e sentenciador dos atos morais e éticos de um grupo.Assim nossa sociedade hoje se forma em bases morais, e conceitos éticos nos seus mais variados seguimentos, baseados no cristianismo onde se fundem e confundem o bem viver social, vista que cada qual sente se moralmente responsável em difundir uma conduta ética e de valores na comunidade.
Kant afirma ainda que, nos deixarmos levar por nossos impulsos, apetites, desejos e paixões não teremos autonomia ética, pois a Natureza nos conduz pelos interesses de tal modo que usamos as pessoas e as coisas como instrumentos para o que desejamos.
Onde a quebra destas regras pode fazer o individuo, que faz parte desta sofrer as consequências estabelecidas por sua organização, ou estado.
Estar pronto a seguir diretrizes de punição para o bem comum, embora nossa sociedade esteja fundamentada e sobrevive em uma espécie de capitalismo de consumo latino americano, que impede esta sociedade de estabelecer um comportamento ético e virtuoso, e sim manter um comportamento ético moral apaixonante, desprovido de autonomia racional, algo como um existir e sobreviver à medida que surgem as mazelas, fatos, questionamentos e interesses pessoais à conduta moral ética se moldam ou modificam, podendo inclusive ser seguida como um padrão social econômico com cunho de interesses. A ética para Hegel deve ser determinada pelas relações sociais, o homem tem uma corresponsabilidade frente as suas ações. Hoje a ética não se apresenta nas falas e ações do ser como uma virtude, ela esta sempre embutida de valores morais pessoais e religiosos.

Kant. Afirmava que: “não existe bondade natural. Por natureza somos egoístas, ambiciosos, destrutivos, agressivos, cruéis, ávidos de prazeres que nunca nos saciam e pelos quais matamos, mentimos, roubamos”. De acordo com esse pensamento, nos tornarmos seres morais era necessário nos submetermos ao dever. Essa ideia é herdada da Idade Média na qual os cristãos difundiram a ideologia de que o homem era incapaz de realizar o bem por si próprio. Por isso, ele deve obedecer aos princípios divinos, cristalizando assim a ideia de dever.

Como todas as teorias, nossa sociedade contemporânea também sofre as influencias religiosas na construção de sua ética comportamental, pois esta vem com uma moral religiosa inserida, discretamente, e em algumas vezes bem explicitas, ditando as regras para o bem viver ético, e que quase sempre interfere nas condutas do todo.  Sempre quando se pensa em um comportamento ético nos dias de hoje, este pensar vem acompanhado de questões socioculturais, uma forte religiosidade ou um padrão estabelecido por um estado instalado e sua justiça do qual se faz parte, que ira estabelecer ou ditar o comportamento do individuo. Portanto se não fores punido pelo estado e sua justiça, serás punido pelo seu meio social e as ações do outro, baseadas no senso comum, e por fim a justiça divina da punição certeira e certa que vira. Todo este contexto “Ético” terá uma analise racional diferenciada no pensamento do ser, através de sua busca virtuosa ao longo da vida, o que fará do ser, um “Ser” melhorado a cada dia, e não passível de influencias terceiras e punições do bem contra o mal.

Aristóteles subordina sua ética à política, acreditando que na monarquia e na aristocracia se encontraria a alta virtude, já que esta é um privilégio de poucos indivíduos. Também diz que na prática ética, nós somos o que fazemos, ou seja, o Homem é moldado na medida em que, faz escolhas éticas e sofre as influencias dessas escolhas. Uma Ética subjetiva de bem viver seria um ideal nos dias atuais, bem diferente da que é colocada nas obras de Aristóteles, embora esta seja sua realidade naquele contexto histórico, que é em sumo muito significativa a aquele período. 
Talvez hoje o que me confortaria seria pensar em uma ética “Pragmática” Com raízes na apropriação de coisas e espaços, na propriedade, tem como desafio à alteridade (misericórdia, responsabilização, solidariedade), contribuindo para a igualdade entre os homens: “distribuição equitativa dos bens materiais, culturais e espirituais”. O homem é visto, como sujeito histórico-social, e como tal, sua ação não pode mais ser analisada fora da coletividade. Embora seja um ideal tão distante.

Pois assim determina Vasquez (1998) ao citar Moral como um “sistema de normas, princípios e valores, segundo o qual é regulamentado, as relações mútuas entre os indivíduos ou entre estes e a comunidade, de tal maneira que estas normas, dotadas de um caráter histórico e social, sejam acatadas livres e conscientemente, por uma convicção íntima, e não de uma maneira mecânica, externa ou impessoal”. 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIAS

ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. 4. ed.Martins fontes.2007 

ARISTÓTELES, Ética a Nicômaco, trad. Edson Bini, São Paulo, Ed. Edipro, 1ª.

Edição, 2002.

OS PENSADORES, “São Tomás de Aquino” São Paulo: Abril Cultural 1980.


OS PENSADORES, “Santo Agostinho” São Paulo: Abril Cultural 1980.


PESANHA, José de Américo Motta. “Santo Agostinho (354-430) Vida e Obra” p. VI – XXIV in “Os Pensadores, Santo Agostinho” São Paulo: Abril Cultural 1980.



ROSA, Maria da Glória de. “A História da Educação através dos textos”. São Paulo: CULTRIX, 2002


RICOEUR, Paul.Ethique ent moralem.Editions Seuil,1991.

Fontes:



http://circulocubico.wordpress.com/2008/04/04/tica-e-moral/